Se você ainda não conhece as mídias programáticas, é bom ficar ligado e atento nas tendências do mercado digital. Elas são uma forma nova e promissora de se comprar mídia na internet. Para você entender melhor como tudo isso funciona, vamos voltar um pouco no tempo: logo que os anúncios na internet surgiram, as agências e anunciantes compravam mídia direto dos publishers, ou seja, dos donos dos sites e blogs em que queriam executar algum tipo de publicidade. Esse modo tradicional ainda é bastante utilizado, mas gera um trabalho operacional que poderia ser evitado. Imagine, por exemplo, um empreendedor que tem uma loja de roupas e quer anunciar os seus produtos em blogs de moda. Para colocar o seu plano em prática, ele tem que entrar em contato com uma grande quantidade de donos de sites de moda e negociar o seu anúncio com cada um deles, enviando materiais institucionais e marcando reuniões.
É justamente aí que a mídia programática entra. Ela surge para diminuir a demanda de trabalho e otimizar os resultados. O termo programático significa, basicamente, automação e abrange uma série de tecnologias que começaram a automatizar a compra, o posicionamento e a otimização da publicidade online.
E como a mídia programática funciona?
Operacionalmente, a mídia programática é baseada em um grande ponto, as Ad Exchanges, que podem ser consideradas as bolsas de valores dos anúncios. O mercado funciona assim: todo mundo que tem um site, seja pequeno ou um grande portal, pode colocar o seu inventário de mídia disponível para venda nas Ad Exchanges. Estima-se que aproximadamente 72% do espaço de mídia na internet está disponível para ser comprado nas Ad Exchanges.
Toda a compra dessas “ações” da Ad Exchange é feita via DSP (Demand-side Platform) em Real Time Biding, ou seja, em um leilão em tempo real, direcionado por meio de diversas configurações escolhidas pelo anunciante, como em quais veículos quer sair e qual público alvo quer atingir, por exemplo, “homens de classe A e B em site de imóveis”. Através desse leilão, o maior lance nas Ad Exchanges exibe a mídia para o seu target naquele determinado mercado.
Nesse processo todo, as Tranding Desks são as especialistas em operar as campanhas de mídias programáticas. Já as Ad Networks são responsáveis por unir o inventário dos publishers, segmentá-los e vende-los para agências e anunciantes.
Atualmente o mercado de mídia programática tem como grandes players, famosas empresas do ramo de tecnologia como Google, Microsoft, Facebook e Yahoo, além de outras organizações globais como Xaxis, Affipert, Rubicon e Pubmatic.
O mercado da mídia programática
A mídia programática ainda representa uma pequena fatia da publicidade online. A Magna Global prevê que, neste ano, os Estados Unidos invistam aproximadamente US$ 9,8 bilhões em mídia programática, o que corresponde a 20% do mercado de publicidade digital. Ao falar sobre a tendência, o CEO global da Xaxis – braço de compra programática da WPP – Brian Lesses, afirmou que “O que está acontecendo é uma mudança fundamental não só na forma como a mídia é comprada, mas como anunciantes podem melhor engajar os consumidores”.
E a explicação para isso é simples: quando falamos em mídia programática, o foco deixa de ser o veículo e passa a ser o internauta, o consumidor. O objetivo é encontrar o usuário independente do site em que ele esteja navegando. Ou seja: o mais importante não é quantidade de sites em a campanha está sendo veiculada, mas a constatação de que todas as pessoas atingidas se enquadram no público alvo determinado. Assim, as empresas anunciantes evitam uma dispersão da mídia e ainda otimizam a sua verba.
Por que eu devo investir em mídia programática?
Agora que você já conhece um pouco mais sobre a mídia programática, pode ter uma melhor percepção de como anda o marketing digital da sua empresa. Para ajudar nessa análise, separamos alguns motivos para você ter a certeza de que investir nessa tendência do mercado é mesmo uma boa para o seu negócio:
Será inevitável: o movimento já está consolidado nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, e começando a ganhar força no Brasil. Portanto, mesmo que a mídia programática ainda não seja conhecida de todos por aqui, é muito provável que a tendência comece a crescer e quando isso acontecer, você será obrigado a utilizar a mídia programática se quiser manter-se competitivo no mundo online.
Otimiza os investimentos: acabou aquela história de que os anúncios digitais não estão dando resultados. A mídia programática se trata de um sistema automatizado e as ferramentas trabalham com precificação inteligente, aumentando a eficiência dos investimentos. Basicamente, você vai comprar somente os espaços que realmente têm potencial de resultados.
Permite a personalização em escala: nesse novo modelo de anúncio, é possível trabalhar com conteúdo individual e personalizado. Boas estratégias podem garantir ótimos resultados em termos de relacionamento com o cliente, tanto antes quanto depois da venda.
Fará você sair na frente da concorrência: segundo o IDC (International Data Corporation), a expectativa é que o gasto com esse tipo de mídia no Brasil passe de 9 milhões de dólares em 2013 para 60 milhões em 2017. Ou seja, a compra programática no país ainda é insignificante se comparada a outros mercados. Isso pode ser a oportunidade perfeita para estar à frente da concorrência, usando essa tecnologia a favor da sua marca.
Gostou das dicas? Que tal procurar uma agência especializada em mídia programática para destacar-se ainda mais na internet?